Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!

Fernando Sabino

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A QUESTÃO DA DISCIPLINA, PARA CELSO ANTUNES

A DISCIPLINA EM SALA DE AULA
Celso Antunes
Outro dia esperava pacientemente na fila minha vez de ser atendido, quando um outro cidadão, sem mais nem menos, se interpôs à frente e pretextando ser amigo de um dos “pacientes” que a minha frente aguardavam, insurgiu-se w li se instalou, deixando lá trás um mundo de resmungos. Minutos depois, esperávamos todos o elevador chegar e mal a porta se abriu uma matilha alvoroçada ingressou no mesmo, atropelando os que de lá saiam. Não demorou muito, aguardava a hora de embarque e tão logo foi feita a chamada para o voo, uma porção de passageiros desesperados amontoaram-se à frente, deixando crianças, idosos e deficientes, com suposta preferência, entrarem por último. Sorte que os lugares eram marcados e assim não coube aos primeiros o privilégio da escolha. Entrei no voo por último, suspirando aliviado e pensando minha sorte em não estar buscando lugar no metrô, que disputa com maior sofreguidão bem mais passageiros.
Confesso que não me habituo a essa rotina agressiva e acho muito estranho tudo isso, recordando-me de tempos atrás quando havia uma coisa civilizada chamada “fila” que, agora, parece ter desaparecido.Nada de surpreendente no que acima se relata. Não há morador de cidade grande ou média que não percebe essa evidência, que não sabe de pai que vai a escola reclamar da falta de disciplina e atira cascas de frutas pela janela ou estaciona em mão dupla. Ser empurrado, levar cotovelada, tapa na orelha e xingamento tornou-se comum e quem desejar ficar livre desses assédios que não tente sair de casa. Ou se aprende a empurrar ou se é empurrado cada vez mais. Nada disso parece causar estranheza, mas por paradoxal que possa parecer, existem os que ficam surpreendidos com o avolumar da indisciplina em sala de aula.
A sala de aula é e sempre foi um espaço que expressa continuidade da vida, reflexo do entorno. Se assim não for, não será sala de aula verdadeira, não permitirá que o aluno contextualize em sua existência os saberes que ali aprende. Ora se a sala de aula é reflexo da sociedade e se a sociedade urbana perdeu noção de compostura e disciplina, como esperar que a escola transforme-se em um aquário social, tornando-se diferente da rua? Se aqui se fechasse esta crônica, ficaria por certo uma questão essencial. Quer dizer então que não adianta combater a indisciplina em sala de aula, uma vez que este espaço reproduz a ausência de disciplina que campeia pelas ruas?
A resposta é claramente negativa.É essencial que se restaure a disciplina em sala de aula, que se faça desse valor um objetivo a se perseguir, não para que a sala se isole da sociedade e também não para que a aula do professor fique mais confortável, mas antes para que ali ao menos se aprenda como tentar modificar o caos urbano que o desrespeito social precipitou. Mas, como fazer isso?
Em primeiro lugar transformando-se a disciplina em um “valor”. Isto é, fazendo com que seja a mesma vista como uma qualidade humana, imprescindível à convivência e fundamental para as boas relações interpessoais. A disciplina não pode, jamais, chegar ao aluno como uma ordem, um castigo, um imperativo que partindo do mais forte, dirige-se ao oprimido em nome de seu conforto pessoal, mas como “produto” de debate, reflexão, estudo de caso e análise onde se descobre a hierarquia de povos disciplinados sobre clãs sem mando ou sobre sociedades oprimidas. A Literatura, a História e a Geografia podem se transformar em espelhos que refletem que a disciplina que se busca não é apenas a que se vê na relação professor x aluno, mas toda aquela que leva um povo à vitória, um ideal à concretização.
Depois de uma ampla sensibilização sobre a disciplina enquanto valor humano cabe uma franqueza cristalina na discussão de regras, princípios, normas e fundamentos que são essenciais a todos, ainda que funções diferentes impliquem em regras não necessariamente iguais. Qual a disciplina ideal na opinião dos alunos? Qual na opinião dos professores? Quais regras são boas para todos e quais sanções cabem a quem não as cumpre? Esse diálogo não deve valer somente para se sensibilizar a classe sobre o valor da disciplina, mas para formalizar verdadeiro “contrato” que unindo interesses, exigirá reciprocidade.
Em terceiro lugar um sincero convite para que todos os membros da comunidade – alunos, pais, professores, inspetores, serventes, etc. – ajudem a escola a construir os valores que objetiva. Que se mostre o que a sala de aula está fazendo e o que espera que faça o cidadão, que se busque algumas simples regras para a comunidade que uniformizando a solidariedade, sinaliza, para a construção de um ideal. É a oportunidade para mostrar que o belo e o bom não são questão de preço, mas ação comportamental de uma comunidade. É possível imaginar o efeito de um boicote de clientes contra a instituição pública ou privada que menospreze a disciplina? A construção de regras implica tacitamente na proposição de sanções quando de sua infringência, tal como no esporte o descumprir da regra implica na falta, e estas sanções necessitam menos castigar que orientar menos punir e bem mais relevar o sentido e a significação de se viver em grupos.
Isto mudará o mundo fora da escola, além do entorno e de sua comunidade? Ocorrerá a restauração da fila e o voltar do respeito? Impossível ter certeza, mas ainda sem ela fica a convicção de que se a comunidade não fizer da sala de aula o seu espelho, ao menos os alunos e mestres desta sala a transformarão em abrigo sereno que sonha transformar-se em pequenino modelo para uma comunidade melhor.
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INTELIGÊNCIA, CAPACIDADE E COMPETÊNCIA, PARA CELSO ANTUNES

COMO NÃO CONFUNDIR INTELIGÊNCIA COM CAPACIDADE OU COMPETÊNCIA
Celso Antunes
Toda pessoa adulta goste ou não do sabor, sabe o que é alho e muito provavelmente já ouviu, pelo menos uma vez na vida, o provérbio “não confunda alhos com bugalhos”, mas poucos se dão conta do que, afinal de contas, significa “bugalho”. Buscando essa palavra em um dicionário, aprendi que “bugalho” é a excrescência de qualquer parte do vegetal, produzida pela ação de fungos ou de insetos. Em outras palavras, o provérbio popular sugere que se separe o produto desejado, no caso o alho, sem confundi-lo com algum caroço de discutível semelhança.
Esse provérbio, de uma certa forma, se ajusta à teoria das inteligências múltiplas e solicita, portanto, que não se confunda o conceito de “INTELIGÊNCIA” com o de “COMPETÊNCIA”, “HABILIDADE” ou ainda com conceito de “construtivismo” que já analisamos outras vezes.
Não há mesmo razão alguma para confundi-los.INTELIGÊNCIA constitui um potencial biopsicológico que no ser humano ajuda-o a resolver problemas. Dessa forma representa atributo inato à espécie e assim nascemos com nossas diferentes inteligências, cabendo ao ambiente no qual se inclui naturalmente a escola, mais acentuadamente estimulá-las.
A “COMPETÊNCIA” não é inata e, portanto, constitui atributo adquirido.Representa a capacidade de usar nossas inteligências, assim como pensamentos, memória e outros recursos mentais para realizar com eficiência uma tarefa desejada. Se ao buscar um destino qualquer descobrimos que a estrada foi interrompida, nossas inteligências levam-se a essa constatação e a certeza de que se deve buscar outra saída, mas a forma como faremos determina o grau de competência da pessoa. Como se percebe, a competência é a operacionalização da inteligência, e a forma concreta e prática de colocá-la em ação. Assim posto, ao trabalhar as diferentes inteligências humanas, pode o professor ativar diferentes competências. Percebe-se dessa maneira que a noção de “competência” surge quando aparece ou é proposto um problema, pois este desafio é que mostrará a forma melhor em superá-lo. Superar um problema com competência, entretanto, não implica que tenhamos habilidade para fazê-lo.
A HABILIDADE é produto do treino e do aprimoramento de nossa destreza.Para que esses conceitos se ajustem a prática, desenvolvamos o seguinte exemplo: o automóvel que nos leva a praia empaca em meio à estrada; nossas inteligências detectam esse problema e a necessidade em superá-lo. Se tivermos competência para isso, apanhamos a caixa de ferramentas e colocamo-nos em ação, se não temos que ao menos tenhamos uma outra competência, a de chamar depressa um mecânico. Supondo que saibamos consertar a peça defeituosa e, dessa forma, resolvendo de forma pertinente o problema que nos empaca, o faremos com maior ou com menor habilidade. Se o problema é histórico em nosso carro e em nossa vida, provavelmente já conquistamos habilidade maior em substituir ou consertar a peça defeituosa.
Levando-se esse exemplo para sala de aula, podemos ao ensinar um ou outro conteúdo explorar suas implicações linguísticas, lógico-matemáticas, espaciais, corporais e outras. Podemos ainda, propondo desafios e arquitetando problemas, treinar competências nossas e de nossos alunos, verificando que alguns as usam com notável habilidade, outros com habilidade menor que, com persistência poderá crescer.
O trabalho com inteligências múltiplas em sala de aula pressupõe uma reflexão construtivista, voltada para despertá-lo progressivo de competências e sua transferência para vida prática através do desenvolvimento de muitas habilidades que aos poucos se aprimora. Essa concepção se opõe a idéia de que o saber transfere-se de uma pessoa para outra como algo que estando pronto vem de fora e se encaixa na mente do aluno.
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A SEMELHANÇA ENTRE O GIZ E O BISTURI, SEGUNDO CELSO ANTUNES

O GIZ E O BISTURI
Celso Antunes
GIZ e BISTURI são instrumentos que diferem muito.
Um é metálico, outro não. O GIZ tem duração limitada, enquanto um bom BISTURI pode durar bastante. O GIZ custa quase nada e por isso quando utilizado, restos não aproveitados são jogados fora ou se transformam em artefatos de guerras na brincadeira entre alunos, o BISTURI é caro e seu uso implica em assepsia e cuidado. Não se pode conceber professor sem GIZ, mesmo em espaços onde se anuncia lousa eletrônica, não se pode pensar cirurgião sem BISTURI, apesar de toda tecnologia e avanço que caracteriza um moderno centro cirúrgico.
Mas, GIZ e BISTURI possuem também alguma analogia.
São apenas instrumentos e nada podem sem ação e intenção de quem os usa. Um GIZ largado e esquecido na margem da lousa não serve para quase nada, não ensina ninguém; um BISTURI guardado em seu belo estojo ou esquecido em mesa cirúrgica não salva paciente, não ajuda a preservar vida de quem quer que seja. O GIZ sem o professor é quase nada, o BISTURI distante do cirurgião possui discutível utilidade. O que torna o GIZ capaz de pensamentos e a ousadia da compreensão e da significação é seu uso pelo professor, o que torna o BISTURI recurso essencial de salvação e muitas vezes esperança de preservação de vida é o cirurgião.
É por essa razão que o BISTURI reúne em sua insensibilidade material o tudo ou o nada, o poder ou a ausência. Por igual motivo, também o GIZ é recurso mineral que sem o manejo do mestre é peça inútil ou faz milagres ao sensibilizar razões, determinar esperanças. Um BISTURI mal usado é um perigo e se transforma em arma, mas não será por acaso uma arma também o GIZ mal utilizado?
Médicos admiráveis são verdadeiros santos em sala cirúrgica com BISTURI na mão; mestres essenciais são mágicos autênticos em sala de aula, segurando o GIZ. Impossível saber qual recurso é mais importante; mas facilmente comparável sua grandeza quando envolvem intenções sinceras, propósitos essenciais.
Um grande professor em sala de aula e manejando seu GIZ é como um médico essencial, em centro cirúrgico, com BISTURI na mão.

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ENSINAR VALORES AINDA É IMPORTANTE PARA AS CRIANÇAS, SEGUNDO CELSO ANTUNES

PORQUE ENSINAR VALORES?
Celso Antunes
Dizer a uma criança de cinco anos para que coma salada, porque salada “faz bem” não a induz a devorá-la. Se o fizer, fará para agradar a mãe ou, pior ainda, comerá salada “apesar de detestá-la”, porque ainda que não ouse revelar, tem medo da mãe. A criança não gosta das saladas não porque a química que compõe seu organismo a rejeita, mas sim porque não compreende porque deve comer salada. As palavras da mãe não garantem a convicção e em seu nível de conhecimento, comer salada não faz qualquer sentido, ao contrário, por exemplo, de entupir-se de guloseimas. Em verdade, quem recusa a salada na criança não são as suas células gustativas que caracterizam o paladar, mas seu cérebro, pois o cérebro humano jamais aceita o que não lhe faz pleno sentido.
A referência à salada e a circunstância da criança são apenas exemplos simbólicos. Em qualquer idade, somente gostamos do que possui sentido e por esse motivo não somos capazes de decorar um punhado de palavras esdrúxulas, como por exemplo, “murufratagitrari, brucutrape, saratripiu”, mas guardamos com carinho o recado gostoso de que “amanhã será domingo de sol e a praia nos espera”.
Se pensarmos bem, a aparente dificuldade da memória para registrar os dois recados acima é absolutamente a mesma, mas fixamos a segunda e não a primeira porque a segunda faz sentido. Em síntese, o “combustível” do cérebro humano é sempre a “significação” e quando tentam nos enfiar na memória frases sem essa essência, reagimos como reage a criança diante da salada imposta.
É por esse motivo que é importante ensinar valores.Os valores não são como habitualmente se pensa atributos desejáveis ao ser humano, ou fundamentos da dignidade da pessoa, ou objeto de escolhas morais, ou qualidade que pode fazê-lo mais ou menos bonito no contexto social. Ao contrário, os valores são os alicerces da humanidade, a essência da preservação da espécie e o “alimento” que integra e faz prosperar os grupos sociais. Mais que isso, “Valores” são, em última instância, aquilo que pode ser vivenciado como algo que faz sentido e, dessa forma, como tudo quanto dá razão à vida. A vida biológica do homem, tal como a vida biológica da mosca, não necessita ser vivida. Representa simplesmente uma circunstância evolutiva, um acidente orgânico e dessa forma, basta durar apenas o tempo para se reproduzir.
Com essa missão orgânica concluída, a vida não tem mais motivo e morrer ou não constitui apenas um acidente que termina outro que a gerou.Mas, o homem não é apenas constituído por uma vida biológica. É uma vida que alcança a plenitude do sentido porque ama, sofre, constrói, se zanga, se surpreende, foge da tristeza, anseia pela felicidade, cultiva a simpatia, exibe compaixão, embaraça-se, assusta-se com a culpa, cresce com o orgulho, mortifica-se com a inveja e por isso tudo causa espanto e admiração, indignação ou desprezo. “Sem sentir-se “inundado” pelas emoções e pelos valores, a vida não é vida e se fosse possível não tê-los, bastava ao homem passar pela vida e não viver”.É por esse motivo, insistimos que é importante ensinar valores.
Mas se não se duvida dessa importância, é essencial que se descubra que ensinar valores tal como se insiste com a criança que coma salada, implica em sua rejeição ou, pior ainda, em um domínio sem compreensão, uma aprendizagem sem significação, logo rejeitada pelo cérebro. Valores não se ensinam, pois, com conselhos.
Nada contra os conselhos. Se bonitos e bem intencionados até que não ficam mal em quem quer que seja. Mas, acredita-se que possam ser “apreendidos” representa uma outra história. Os valores, tal como as saladas, precisam de momentos certos para serem mostrados e, sobretudo, necessitam de exemplos para serem explorados, circunstâncias específicas para que sejam compreendidos, ambientes emocionalmente preparados para que sejam discutidos. Assim como não se discute a boa intenção da mãe em tentar empanturrar seu filho de cinco anos de saladas, também não se discute a intencionalidade de se ensinar valores de forma discursiva. Isso até pode ser satisfatório para a consciência de quem transmite, mas certamente é inútil para o cérebro de quem acolhe. Se é que acolhe.


MODELOS DE CAPAS PARA CADERNOS


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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

LEMBRANÇA PARA O PRIMEIRO DIA DE AULA


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MANEIRAS DE TRANSFORMAR SEU ALUNO EM SEU FÃ

DOZE MANEIRAS DE TRANSFORMAR SEU ALUNO EM SEU FÃ
Manter um aluno por dois, três anos é relativamente fácil, com as dificuldades de se mudar de escola: o estudante tem de adaptar-se a um currículo totalmente novo, novas regras, etc.
O problema é que essa tática não garante que os parentes daquele aluno se matriculem ali. E tratando-se de ensino superior, vai frustrar o aluno, que não se sentirá preparado para sua profissão, e também não vai indicar a nenhum amigo ou conhecido a essa instituição.
Um dos grandes desafios das escolas hoje é tornar seus alunos fãs, para que eles permaneçam na instituição e tragam novos estudantes. Veja algumas dicas:
1.Seja fonte de novas idéias: todos seus alunos estão preocupados, em graus diferentes, com o futuro, com a maneira pela qual o mundo funciona. Apóie seus alunos nesse sentido, dando-lhes informações sobre o cotidiano que não estão no currículo. A escola também pode realizar palestras e bate-papos com profissionais de sucesso, futurólogos, economistas, etc.
2.Demonstre que você tem o conhecimento: o conhecimento que seus alunos esperam, muitas vezes, não é aquele que o professor passa na sala de aula. Que tal fornecer-lhes instruções básicas de economia, marketing pessoal e outros assuntos necessários para sobreviver lá fora? Desenvolva rápidos livrinhos sobre esses temas e distribua a seus alunos.
3.Transmita a imagem correta: se você quer que sua instituição de ensino seja reconhecida como a melhor da região, então faça com que tudo à sua volta reforce essa imagem. Não é necessário contratar um decorador e cobrir seu escritório com tapetes e quadros caros,
4.Conheça o aluno: não assuma que você entende os anseios e as necessidades de todos os alunos. Cada bairro da cidade, cada classe social produz pessoas es.com necessidades e visões diferentes. Dentro de cada bairro, cada família possui suas peculiariedades. E dentro de cada família, cada pessoa tem seu modo único de pensar. Muitos colégios erram ao se apoiar em estudos referentes ao "aluno brasileiro médio". Ora, trabalhar com a média vai fazer, no máximo, que você crie uma escola igual às outras. Gaste algum tempo entendendo a comunidade que você quer atingir.
5.Demonstre que você está aprendendo constantemente: esse é um componente chave para garantir o relacionamento escola-aluno. Para que um estudante sinta-se confortável com o passar do tempo, você deve mostrar que está constantemente aprendendo, tornando-se mais atual, útil e competente. Ficar estagnado é fatal para qualquer instituição.
6.Comunique-se claramente: manter um entendimento claro e cristalino com seus alunos é mais importante do que nunca. Cuidado com aquelas circulares cheias de termos técnicos. Algumas são escritas de uma maneira que só confunde os alunos e pais. Esqueça, portanto, as "atividades de campo interativas para observação da variedade da fauna nacional no Bosque e Jardim Botânico Municipal Memorial Etelvina Montes Farberbara.". Escreva "visita ao Jardim Botânico".
7.Seja acessível: mantenha suas portas abertas, esteja sempre pronto para falar com seus alunos. A grande maioria não abusa dessa facilidade de acesso, embora eles se sintam mais seguros ao saber que podem contatá-lo sempre que precisarem. Diminua a burocracia entre a direção e os alunos.
8.Ouça: deixe o aluno falar e você vai acabar descobrindo exatamente o que ele deseja para que suas aulas e sua escola sejam ainda melhores. Somente quando você tem uma imagem bem clara dos motivos e preocupações dos estudantes é que você pode montar uma escola específica para aquela realidade. Abuse de caixas de surpresa.
9.Pense como o estudante: foque no que agradou a você como aluno, quando você sentava do outro lado da sala, bem como as coisas que fizeram você trocar de escola ou faculdade. Assegure-se de praticar a primeira parte, e evitar a segunda. E resista à tendência comum de achar que o que é bom para a sua escola é automaticamente bom para os alunos. Não é, mas o inverso é verdadeiro: o que é bom para seus alunos, no final das contas, vai ser bom para sua instituição. Pense nessas leis sempre que for aprovar algo para sua instituição. Aquela nova ação vai tornar o estudo melhor, mais fácil ou agradável?
10.Nunca decida o que um aluno quer: os estudantes querem conselhos, dicas, sugestões e não conclusões o tempo todo. Então ofereça opções e alternativas. Ensine-os a pensar e analisar. Existe um espaço para verdades absolutas na escola (2 + 2 =4), mas ele não deve ser dominante no relacionamento com os alunos. Trabalhe para criar um cenário que permita ao aluno decidir, apontando aspectos positivos e negativos de algumas situações. Você estará desenvolvendo características que serão muito úteis para eles mais tarde.
11.Torne-se paranóico: Andy Grove, presidente da companhia de peças de computador Intel, sugere que seu sucesso é resultado direto de sua paranóia. É a paranóia que o mantém engajado, atento e fazendo perguntas.
12.Se você não pode ajudar o aluno, seja honesto: a prova do profissionalismo é dizer não. Não existe maneira de uma escola (ou professor) ser capaz de fazer mentindo.
Créditos:
Retirado da Comunidade do Orkut : Amo a educação Infantil
Postado por Dora Ferreira
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=98868341&tid=5477107974234655789
Artigo Original: Revista Profissão Mestre
Postado por ¨Andreza S F Melo¨ às 14:01 0 comentários http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gifLinks para esta postagem
SITE:http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/search/label/12%20Maneiras%20de%20Transformar%20Se%20Aluno%20em%20F%C3%A3



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Livro O Guloso-UM ÓTIMO MEIO DE COMEÇAR A PRODUÇÃO DE TEXTOS


https://picasaweb.google.com/atividadesescolares/LivroOGuloso#

UM BICHINHO DIFERENTE, DE PRISCILA RAMOS DE AZEVEDO

  

https://picasaweb.google.com/atividadesescolares/ALFABETODETEXTOSPARAALFABETIZAO#5132889319273736722

POEMA: JOGO DE BOLA, DE CECÍLIA MEIRELES

  Jogo de Bola

   A bela bola
  rola:
  a bela bola do Raul.

  Bola amarela,
  a da Arabela.

  A do Raul,
  azul.

  Rola a amarela
  e pula a azul.

  A bola é mole,
  é mole e rola.

  A bola é bela,
  é bela e pula.

  É bella, rola e pula,
  é mole, amarela, azul.

  A de Raul é de Arabela,
  e a de Arabela é de Raul.
  CECÍLIA MEIRELES
   

  

O JOELHO JUVENAL, TEXTO E ATIVIDADES

O JOELHO JUVENAL
 Juvenal é um joelho.
Ele vive esfolado, ferido.
O dono de Juvenal é um menino levado.
Um dia, cansado de tanto se machucar,
 Juvenal falou para o   pé:
- Cuidado, amigo! Vê se não escorrega!
SOBRE O TEXTO: “O JOELHO DE JUVENAL”.

1. Escreva no quadro o que Juvenal falou para o pé:

Texto explicativo em elipse: ________________________________________________________________________________
  






2. Juvenal era:

(     ) um cotovelo                 (     ) um dedão
(     ) um calcanhar                (     ) um pé
(     ) um joelho                     (     ) um calo

3. Desenhe um pé jogando bola.




A FESTA DA JARARACA-TEXTO E ATIVIDADES

A FESTA DA JARARACA

A JARARACA PREPAROU
UMA FESTA COM O PERU
MAS O JACARÉ NÃO VAI,
ESTÁ BRIGADO COM O URUBU.

O JACARÉ ESTÁ CHATEADO,
POIS PEGOU A CATAPORA
E A CORUJA PARA AGRADÁ-LO
FEZ UM SUCO DE AMORA.

SOBRE O TEXTO: “A FESTA DA JARARACA”.

1.      Qual o nome do texto?
___________________________________

2.      Que tipo de texto é este?
___________________________________

3.      Por que o jacaré não vai a festa?
_____________________________________

4.      Quais os animais que aparecem no texto?
_____________________________________

5.      O que a coruja fez para agradar o jacaré?
___________________________________

6.      Ilustre o texto.


O POÇO, DE MARIA DINORAH

O caroço
No fundo do poço
surgiu um caroço.

Chamaram o moço
pra ver o caroço
do fundo do poço.

Será que o caroço
do fundo do poço
é feito de osso?

Cuidado, seu moço!
Não quebre o caroço!

Do fundo do poço
o pobre do moço
retira o caroço.

Tinha quatro patas
e uma cabecinha.

E era apenas
a tartaruga da vizinha.

Maria Dinorah

O SENTIDO DA VIDA, PARA CORA CORALINA

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
CORA CORALINA


SITE: http://pensador.uol.com.br/autor/cora_coralina/biografia/

CONHECENDO CORA CORALINA...IMAGINEM QUE SEU PRIMEIRO LIVRO FOI PUBLICADO SOMENTE AOS 75 ANOS DE IDADE, INCRÍVEL, NÃO? MAS QUE INCRÍVEL, UM BELO EXEMPLO DE PERSEVERANÇA

Biografia de Cora Coralina
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas, 20/08/1889 — 10/04/1985, é a grande poetisa do Estado de Goiás.
Se achava mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno. Só em 1965, aos 75 anos, ela conseguiu realizar o sonho de publicar o primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas viveu por muito tempo de sua produção de doces, até ficar conhecida como Cora Coralina, a primeira mulher a ganhar o Prêmio Juca Pato, em 1983, com o livro Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha. 
Nascida em Goiás, Cora tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos depois que o marido, o advogado paulista Cantídio Brêtas, morreu, em 1934. “Mamãe foi uma mulher à frente do seu tempo”, diz a filha caçula, Vicência Brêtas Tahan, autora do livro biográfico Cora Coragem Cora Poesia. “Dona de uma mente aberta, sempre nos passou a lição de coragem e otimismo.” Aos 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e enviá-las aos editores. Cora, que começou a escrever poemas e contos aos 14 anos, cursou apenas até a terceira série do primário. Nos últimos anos de vida, quando sua obra foi reconhecida, participou de conferências, homenagens e programas de televisão, e não perdeu a doçura da alma de escritora e confeiteira.

SITE http://pensador.uol.com.br/autor/cora_coralina/biografia/

domingo, 22 de janeiro de 2012

A SOLIDÃO, PARA FRANCISCO BUARQUE DE HOLANDA


Solidão  não  é  a  falta  de  gente  para  conversar,   namorar,   passear  ou  fazer  sexo....
Isto  é  carência.
Solidão   não  é   o sentimento  que  experimentamos   pela  ausência  de  entes  queridos que  não  podem  mais  voltar.....
Isto  é  saudade. 
Solidão  não  é  o  retiro  voluntário  que  a  gente  se  impõe,   às  vezes, para realinhar os pensamentos.....
Isto é equilíbrio.
Solidão   não  é  o  claustro  involuntário  que  o  destino  nos  impõe   compulsoriamente para  que  revejamos  a  nossa  vida.....
Isto  é  um  princípio  da  natureza.
Solidão  não  é  o  vazio  de  gente  ao  nosso  lado.....
Isto  é  circunstância.
Solidão  é  muito  mais  do  que  isto.
Solidão  é  quando  nos  perdemos  de  nós  mesmos e procuramos  em  vão  pela nossa alma .....

Francisco  Buarque  de  Holanda


FÁBULA: O LEÃO E O RATO

O LEÃO E O RATO  -FÁBULA-
Leia o texto abaixo e depois faça o que se pede.
O leão e o ratinho

Um leão estava dormindo e acordou com as cócegas que um ratinho lhe fazia ao correr no seu focinho. Com terrível rugido, o leão agarrou o importuno e ia devorá-lo, quando o ratinho disse:
_ Por favor, poupe minha vida! Eu saberei retribuir a sua generosidade!
O rei dos animais achou graça da pretensão do insignificante ratinho. Como é que um camundongo tão pequeno poderia fazer alguma coisa em favor de uma fera tão poderosa? Achou tanta graça que soltou o infeliz.
Tempos depois, o leão caiu numa rede armada pelos caçadores e ali se debatia quando chegou o ratinho, atraído pelos rugidos.
_ Espere um pouco! – disse o ratinho.
E, roendo as malhas da rede, libertou o leão. 
MORAL: “Na hora do perigo, os fracos podem ajudar os fortes”
Fábulas de Esopo.

ATIVIDADES
1. Quais são as personagens desta história e quais são as suas características?

2. Qual é o narrador do texto? Justifique sua resposta com um trecho retirado da fábula.

3. a. No primeiro momento da história qual era o desejo do leão em relação ao ratinho?

3.b. O que fez o leão mudar de idéia com relação ao seu primeiro desejo?

4.a. Segundo o texto, o ratinho conseguiu, finalmente, retribuir a generosidade do leão em deixá-lo livre. O que foi que o ratinho fez?

4.b. Normalmente nós achamos o leão forte, contudo, estando preso em uma armadilha por caçadores, ele acabou ficando fraco. Como você explica essa afirmação?

5. Como você explica a moral da fábula estudada? 
“Na hora do perigo, os fracos podem ajudar os fortes”

6-Leia a frase a seguir e depois faça o solicitado.
“O rei dos animais achou graça da pretensão do insignificante ratinho”.
Localize, em um dicionário, as palavras grifadas e anote o resultado da pesquisa.
SITE:http://blogdaprofkatia.blogspot.com/2010/03/fabula-com-interpretacao-o-leao-e-o.html











Sampa - Caetano Veloso-CLIPE

HOMENAGEM À CIDADE DE SÃO PAULO, NA VOZ DE CAETANO VELOSO

SAMPA-CAETANO VELOSO


Alguma coisa acontece
No meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga
E a Avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta
De tuas esquinas
Da deselegância discreta
De tuas meninas

Ainda não havia
Para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece
No meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga
E a Avenida São João

Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto

Chamei de mau gosto o que vi
De mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio
O que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
Quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho
Feliz de cidade
Aprende depressa

A chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso
Do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas
Nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe
Apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos e espaços
Tuas oficinas de florestas
Teus deuses da chuva...

Panaméricas
De Áfricas utópicas
Túmulo do samba
Mas possível novo
Quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam
Na tua garoa
E novos baianos te podem
Curtir numa boa


25 DE JANEIRO- A CIDADE DE SÃO PAULO FAZ ANIVERSÁRIO

25 de Janeiro-Aniversário da cidade de São Paulo

Situada a uma altitude de 860 metros, no planalto de Piratininga, sudeste do Brasil, a cidade de São Paulo é a capital do estado do mesmo nome, o mais populoso do país. A cidade ocupa hoje uma área de 1.525 km2. Ela surgiu de um núcleo que se formou em torno da inauguração do Colégio da Companhia de Jesus, por um grupo de jesuítas, no ano de 1554.

Num dia 25 de janeiro, os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta rezaram a primeira missa daquele assentamento então existente. É a data em que hoje se comemora a fundação da cidade.

Por que a Companhia de Jesus?
Fundada em Roma, em 1539, pelo espanhol Inácio de Loyola, a Companhia de Jesus tinha o principal objetivo de combater a reforma protestante e foi uma instituição muito atuante na colonização do Brasil. Os primeiros jesuítas vieram para o Brasil em 1549, quando desembarcaram na Bahia junto com o governador geral Tomé de Souza.
Segundo os historiadores, os jesuítas fizeram um trabalho relevante com os indígenas, em geral, mas em relação à escravidão, não se envolveram tanto assim.
Costumavam agrupar os índios em aldeias que eram classificadas como Missões. Nessas missões, os índios eram catequizados e trabalhavam no cultivo da terra. Os jesuítas administravam vastas extensões de terra. O excedente do que era produzido negociavam com os colonos.
Anchieta e Nóbrega, os dois jesuítas presentes à fundação de São Paulo, trabalharam com os índios no Brasil de forma diferente. José de Anchieta dominava várias línguas e foi responsável pela elaboração de uma gramática de língua nativa (chamada de língua brasílica). Manoel da Nóbrega participava menos nas letras e mais como líder, segundo consta, por seu temperamento enérgico e diplomático.
Ares frios e temperados como os da Espanha
Foi o que acharam do planalto de Piratininga quando o alcançaram ao escalarem a serra do Mar, os padres Nóbrega e Anchieta. Consideraram a localização boa quanto ao aspecto de segurança, uma colina alta e plana cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú. Ao redor do colégio que ali fundaram surgiu o núcleo inicial da cidade, as primeiras casas de taipa que deram origem ao povoado de São Paulo de Piratininga.
Dali partiam as bandeiras
No século XVII, as bandeiras, expedições organizadas para aprisionar índios e procurar minerais preciosos no interior do Brasil, foram responsáveis pela ampliação do território brasileiro, mas não pelo crescimento econômico daquela área. Saíam de São Paulo, explorando sul e centro-oeste, além do estado de Minas Gerais. Importantes rodovias que hoje partem de São Paulo foram inicialmente trilhas abertas pelos bandeirantes: rodovia Anchieta, rodovia dos Imigrantes, via Dutra, rodovia Fernão Dias.
Distante do litoral e isolada Em 1560, São Paulo já era uma Vila, mas não iria se desenvolver rápido. Sofreu um isolamento comercial porque estava distante do litoral e seu solo não era propício ao cultivo dos produtos que àquela época eram exportados.
Até o século XIX, o núcleo se desenvolveria apenas em torno de um triângulo que hoje é chamado de Centro Velho de São Paulo, onde ficam os conventos de São Francisco, de São Bento e do Carmo. Nas ruas Direita, XV de Novembro e de São Bento, estavam o principal comércio e os serviços da cidade.
Impulso dado pela lavoura do café
Em 1681, São Paulo era a cabeça da Capitania de São Paulo e, em 1711, a vila foi elevada à categoria de cidade. Com a abertura de duas novas ruas, a Líbero Badaró e a Florêncio de Abreu, a área urbana foi sendo ampliada.
Foi na época da independência do Brasil que São Paulo, como capital da província, com a criação da Academia de Direito e da Escola Normal, acordou para as atividades culturais, intelectuais e políticas, porém somente no final do século é que a cidade iniciou realmente o processo de crescimento econômico, com o desenvolvimento da cultura do café.
A região recebeu muitos imigrantes europeus com qualificação profissional (principalmente italianos) o que viria a possibilitar o acúmulo de capital e a sua industrialização.
O café mudou o perfil socioeconômico da província: abriu um bom mercado de trabalho, o que atraiu também a vinda de brasileiros de outras regiões do país, criando o fenômeno da urbanização na região.
Como São Paulo se urbanizou
A urbanização se expandiu para além do triângulo dos conventos, surgiram as linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás. O Brás e a Lapa eram os bairros operários, estavam ali as indústrias, próximas à estrada-de-ferro inglesa. No Bexiga fixaram-se os imigrantes italianos e nas áreas elevadas e arejadas da avenida Paulista, aberta no final do século XIX, foram construídos os palacetes dos cafeicultores.
Assim como a abertura da avenida Paulista, em 1891, também foram importantes obras urbanísticas na cidade, em 1892, o Viaduto do Chá (ligando o centro velho à cidade nova); em 1825 foi inaugurado o primeiro jardim público de São Paulo, que é hoje o Jardim da Luz e, em 1901, a nova estação da SÃO PAULO Railway, a Estação da Luz. Em 1911 São Paulo ganhou o seu Teatro Municipal.
Alguns marcos do crescimento urbanístico de São Paulo Na década de 20, época de crise do café mas de grande impulso na industrialização, a cidade cresceu muito.
Em 1922, no Teatro Municipal, acontece a Semana de Arte Moderna, símbolo do movimento modernista em que intelectuais como Mário e Oswald de Andrade e Luís Aranha movimentaram as idéias assimilando as mais modernas técnicas artísticas internacionais.
Essa fase da história da cidade trouxe mudanças marcantes no campo da cultura e, na década de 30, conflitos entre a elite política e o governo federal resultaram na Revolução Constitucionalista de 1932. Foram criadas aí a escola Livre de Sociologia e Política e a Universidade de São Paulo. Essa é também a época em que foi inaugurado o maior prédio já construído na América Latina: o Edifício Martinelli, com 26 andares, o primeiro da série de arranha-céus que marcariam a futura paisagem da cidade.
Mudanças deram início à invasão dos autóveis Na década de 40, São Paulo teve uma intervenção urbanística baseada no "Plano de Avenidas" do prefeito Prestes Maia, que investindo maciçamente em seu sistema viário, possibilitou que a cidade priorizasse a circulação de automóveis, intensificada também pelo estabelecimento dessa indústria na década a seguir.
Em 1954, num aniversário da fundação, foi inaugurado o Parque do Ibirapuera, a principal área verde da cidade, com edifício projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Foi nessa época que começou a mudança do parque industrial da cidade para os municípios vizinhos, até que na década de 70, essa mudança se acentuou.
Hoje, a cidade de SÃO PAULO concentra as suas atividades no setor de prestação de serviços, com centros empresariais de comércio como os diversos shopping centers e hipermercados.
Fonte: IBGE
Aniversário da Cidade de São Paulo

25 de Janeiro

São Paulo, da taipa ao concreto
São Paulo é a maior cidade do país, com área de 1525 km2 e mais de 10 milhões de habitantes.
Aniversário da Cidade de São Paulo

Avenida Paulista, coração da cidade

Muita coisa mudou desde que SÃO PAULO era um pequeno amontoado de casas feitas de taipa de pilão, de onde partiam os bandeirantes rumo a Minas Gerais, em busca do ouro, e onde os jesuítas encontraram um clima fresco semelhante ao europeu e fundaram o Real Collegio.
O pequeno amontoado de casas é hoje uma metrópole de 10,4 milhões de habitantes, uma das mais populosas do mundo. O clima fresco de 451 anos atrás hoje está bem mais quente, graças ao concreto, aos automóveis e à escassa arborização.
Até a famosa garoa, que consagrou a cidade, está se tornando coisa do passado. A cidade assistiu a uma transição da chuva fraca e contínua para aquelas intensas e rápidas, que provocam as já também famosas enchentes.
São Paulo demorou para se desenvolver. Até 1876 a população local era de 30 mil habitantes. Com a expansão da economia, graças especialmente ao café, em menos de 20 anos este número pulou para 130 mil. Mesmo pequena, a cidade pensava grande.
O Viaduto do Chá foi inaugurado em 1892 e, em 1901, foi aberta a Avenida Paulista, a primeira via planejada da capital. A via, que viria a se tornar endereço dos barões do café, não tinha nenhuma casa na época, mas o engenheiro responsável pela obra, Joaquim Eugênio de Lima, profetizava que ela seria a via que conduzirá SÃO PAULO ao seu grande destino .
Outras grandes obras, como a Estação da Luz e o Theatro Municipal, comemoraram a entrada no século XX e marcaram uma nova fase na vida da cidade. SÃO PAULO se industrializava e, para atender à demanda, imigrantes de diversos países da Europa e do Japão adotaram uma nova pátria, fugindo das guerras.
Entre os anos de 1870 e 1939, 2,4 milhões de imigrantes entraram no estado de São Paulo, segundo dados do Memorial do Imigrante.
Italianos, japoneses, espanhóis, libaneses, alemães, judeus. Dezenas de nacionalidades estabeleceram comunidades em SÃO PAULO e contribuíram para que a cidade se tornasse um rico centro cultural e um exemplo de como povos com histórico de guerras e disputas podem viver em paz.
Isso sem falar dos migrantes, que ainda hoje saem de seus estados e municípios em busca da terra da prosperidade e do trabalho, onde todos vivem com pressa. Como diz a música Amanhecendo , de Billy Blanco: Todos parecem correr/ Não correm de/ Correm para/ Para SÃO PAULO crescer .
Muitos prosperam na cidade mais rica da América Latina, mas outros tantos engrossam a lista de desempregados, que oscila em torno de 17% da população economicamente ativa. Sem emprego ou em subempregos, essas pessoas entram também na estatística dos habitantes que vivem em favelas mais de 1 milhão, de acordo com dados da secretaria de Habitação. O desafio de SÃO PAULO é continuar correndo para reduzir estes números.
São Paulo é grande porque tem.
O Museu de Arte de SÃO PAULO (Masp), o mais importante museu de arte ocidental da América Latina;
O Instituto Butantan, que abriga uma das maiores coleções de serpentes do mundo, além de ser o mais moderno centro de produção de vacinas e soros da América Latina;
A SÃO PAULO Fashion Week, principal semana de moda da América Latina e uma das mais importantes do mundo;
A Universidade de SÃO PAULO (USP), terceira maior instituição da América Latina e colocada entre as cem mais conceituadas no mundo;
A Bovespa, maior centro de negociação de ações da América Latina;
A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), sexta do mundo em volume de negócios, com lances médios diários de US$1,8 bilhão;
O Hospital das Clínicas (HC), maior complexo hospitalar da América Latina;
75% dos eventos realizados no País;
Uma frota de quase 5 milhões de automóveis, o correspondente a ¼ do total do País;
12,5 mil restaurantes e 15 mil bares de dezenas de especialidades, o que lhe rendeu a fama de capital gastronômica do mundo.
Mais de 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto) do País.
Saiba um pouco mais sobre a imigração para São Paulo
Ao longo dos 451 anos de fundação da cidade de São Paulo, muitos povos chegaram a capital e assim ajudaram a formar o atual povo paulistano. As heranças desses povos podem ser vista em diversas áreas como arquitetura, culinária, e esportes, entre outras.
Atualmente, povos de mais de 70 países se unem para formar a população paulistana. Os primeiros a chegarem foram os alemães, em 1827, e se fixaram na região de Santo Amaro e Itapecerica da Serra.
No entanto, a primeira associação para incentivar a vinda de famílias européias para SÃO PAULO foi criada apenas 59 anos depois, em 1886. Os asiáticos, principalmente japoneses, começaram chegar na cidade em 1908.
A política de imigração estabelecida pelo Governo do Estado concedia passagens gratuitas para os imigrantes que viessem de terceira classe. Os navios desembarcavam no porto de Santos e os imigrantes seguiam para a capital de trem ou em lombo de animais, e se alojavam na Hospedaria dos imigrantes.
A Hospedaria, localizada no bairro do Brás (onde hoje se encontra o museu da imigração), funcionou de 1888 a 1978 e ofereceu aos recém chegados os serviços gratuitos de alimentação, cama, médicos e contatos com empregadores. Os viajantes podiam permanecer no local por no máximo oito dias, até que acertassem seus contratos de trabalho.
Com a chegada dos imigrantes, houve um aumento no desenvolvimento da cidade e diversificação dos serviços e produtos comercializados.
Na área da cultura, a música clássica foi introduzida pelos alemães e os italianos trouxeram a ópera e o canto lírico. Nas artes plásticas outros italianos, Alfredo Volpi e Victor Brecheret, contribuíram para o movimento modernista. Hoje SÃO PAULO é considerada a capital cultural da América Latina.
No comércio, os alemães e franceses importavam tecidos e eram padeiros, confeiteiros e curtidores de couro. Os alemães também eram os principais responsáveis pela produção de papel e cerveja.
Já os italianos vendiam tecidos e dominavam o comércio de ferragens, funilaria e calçados. Na indústria, eram os maiores responsáveis pelo setor alimentício e tecelagem.
Os japoneses que chegaram a SÃO PAULO no início do século XX e começaram a trabalhar como barbeiros, sapateiros, lavadeiras, diaristas, além de fazerem produtos artesanais. Se fixaram na região central, nos bairros da Liberdade e Glicério.
Os imigrantes de origem árabe, quando chegaram a São Paulo, trabalhavam como mascates. Vendiam chapéus, roupas, relógios, tecidos, jóias e outros produtos nas regiões de comércio popular, como a 25 de Março. E até hoje continuam com comércios semelhantes pela região.
Já os judeus, que vendiam roupas e tecidos de alta qualidade, fixaram suas residências na região de Higienópolis, onde residiam os principais consumidores de seus produtos, os barões do café. Hoje, o bairro ainda tem alta concentração de judeus e descendentes.
Na área esportiva, alguns dos principais clubes da cidade foram fundados por imigrantes árabes, como os libaneses (que fundaram o Monte Líbano e o Clube Homs) e os sírios, (que criaram o Esporte Clube Sírio).
O Palestra Itália (atual Sociedade Esportiva Palmeiras), o Espéria e o Juventus, foram fundados por italianos, o Pinheiros foi fundado por alemães. Os portugueses montaram a Associação Portuguesa de Desportos e os judeus criaram A Hebraica e o Círculo Macabi.
Na culinária, muitos ingredientes corriqueiros da culinária paulista tiveram origem árabe, como o arroz, laranja e berinjela, entre outros, todos eles trazidos na bagagem dos colonizadores portugueses e espanhóis. Outras comidas, como as massas e pizzas vieram da Itália e se tornaram especialidade na mesa dos paulistanos. Devido às influências de várias culinárias, a cidade de SÃO PAULO é considerada uma das capitais gastronômicas do mundo.
Hoje, SÃO PAULO se tornou exemplo de hospitalidade para outras cidades brasileiras e de outras partes do mundo. Em poucos lugares todas as religiões e todos os povos podem conviver harmoniosamente.
Diferentes culturas, hábitos, religiões e tradições foram trazidos com os primeiros imigrantes e se incorporaram na vida do povo paulistano. Agora já podem ser consideradas tradições paulistanas.
Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br

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