Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!

Fernando Sabino

segunda-feira, 25 de junho de 2012

AS FESTAS JUNINAS-TEXTO INFORMATIVO




Origem da Festa Junina



Existem duas explicações para o termo festa juninas. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.
Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
Tradições
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
SÍMBOLOS DA FESTA JUNINA
Fogueira: a luz proporcionada pela fogueira simboliza a proteção. É um dos principais símbolos da Festa Junina, pois os eventos ocorrem ao redor dela. É também uma homenagem aos três santos da festa: São João, São Pedro e Santo Antônio. A fogueira também proporciona calor, de grande importância no mês de junho em função das baixas temperaturas.
Balões: embora ainda sejam considerados símbolos das festas juninas, os balões estão sendo deixados de lado em função do risco de incêndio que oferecem. Em muitas festas juninas são usados apenas como elementos decorativos.
Pau de sebo: é uma brincadeira bem tradicional. Prêmios são colocados no topo de um tronco escorregadio (com sebo animal). A dificuldade em subir proporciona muitas risadas e diversão para aqueles que assistem.
Bandeirinhas: toda festa junina tem que ter as famosas e tradicionais bandeirinhas coloridas. Enfileiradas e amarradas em barbantes, são espalhadas pela área (partes altas) onde ocorre a festa. Deixam a festa colorida e animada.
Personagens da quadrilha: a dança de quadrilha é um dos momentos mais importantes das Festas Juninas. Os personagens simbolizam algumas das principais figuras da sociedade rural. São eles: padre, noivo, noiva, pais do noivo, pais da noiva, madrinhas, padrinhos, delegado, sacristão, entre outros.
Pescaria
A pescaria é uma das brincadeiras mais tradicionais de Festa Junina. Ela é simples e bem divertida. Basta recortar peixes de papel grosso (tipo papelão) e colocar números neles. Devemos colocar uma argola na boca do peixe e enterrá-lo num recipiente grande com areia. Devemos deixar apenas a argola para fora e o número deve ficar encoberto pela areia. Os participantes recebem varas de pescar. Ganha a brincadeira aquele que pescar a maior quantidade de peixes ou com maior número de pontos. Em quermesses é também comum dar prêmios (brindes) aos participantes que pescam os peixes.
Corrida do saco
Também muito tradicional, consiste numa corrida onde os participantes devem pular dentro de um saco de estopa (saco de farinha, por exemplo). Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida. É possível também fazer a corrida em duplas.
Corrida do Saci-Pererê
Parecida com a corrida do saco, porém os participantes devem correr apenas num pé.
Derrubando latas
Basta colocar várias latas vazias num muro. Os participantes tentam derrubar as latas atirando bolas feitas com meias. Vence quem derrubar mais latas.
Correio Elegante
Os organizadores da brincadeira servem como intermediários na entrega de bilhetes com mensagens de amor, amizade, paquera ou apenas brincadeira.
Pau de sebo
Esta brincadeira está quase sempre presente em todas as Festas Juninas. Os organizadores da festa colocam um tronco de árvore grande fincado no chão. Passam neste tronco algum tipo de cera ou sebo de boi. No topo do pau de sebo, coloca-se algum brinde de valor ou uma nota de dinheiro. A brincadeira fica interessante, pois a maioria dos participantes não conseguem subir e escorregam.
Quebra-pote
Um pote de cerâmica fina é recheado de doces e balas. Esse pote é amarrado em uma trave de madeira. O participante (geralmente criança), de olhos vendados, e munido de uma madeira comprida tentará acertar e quebrar o pote. Quando isso acontece todos podem correr para pegar as guloseimas.
Corrida do Ovo na colher
Um ovo de galinha é colocado numa colher de sopa. Os participantes devem atingir a linha de chegada levando a colher com o cabo na boca, sem derrubar o ovo.

http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm



terça-feira, 5 de junho de 2012

VAMOS PRESERVAR A NATUREZA- DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

5 DE JUNHO- DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA



A importância do Dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia, comemorado em 5 de junho, é mais que evidente na atualidade, devido aos muitos problemas ambientais que enfrenta o mundo contemporâneo: poluição do ar e da água, efeito estufa, aquecimento global, mudança climática, desmatamentos, desertificação, etc. Não era assim a 5 de junho de 1972, quando a data foi instituída pela Assembléia Geral da ONU - Organização das Nações Unidas.

Naquela época, a idéia era dar mais visibilidade aos problemas ambientais, que ainda não tinham atingido proporções catastróficas, mas já revelavam seus perigos em potencial. Por isso, a ONU promoveu em Estocolmo, na Suécia, a 1ª. Conferência Mundial do Meio Ambiente e criou o Pnuma - Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente -, que visava a coordenar as ações internacionais para a proteção ambiental.

Essa 1ª. Conferência teve seu principal desdobramento duas décadas depois na ECO 92 ou Rio 92, uma nova reunião mundial para discutir os problemas ambientais, acontecida no Rio de Janeiro, que se diferenciou da anterior por contar com a presença de chefes de Estado. Isso evidenciava que as questões relativas ao meio ambiente tinham ganhado, enfim, a atenção das políticas governamentais. Basta lembrar que, em nível nacional, 1992 é o ano de criação do Ministério do Meio Ambiente.

Desenvolvimento sustentável

No âmbito da análise dos problemas e de suas soluções, a ECO 92 apresentou uma contribuição definitiva ao estabelecer o conceito de desenvolvimento sustentável, que deixava claro que no centro das questões ambientais se encontravam questões centrais da economia. O x do problema era - e continua sendo - conciliar o equilíbrio ecológico com o desenvolvimento econômico, o crescimento dos países pobres e em desenvolvimento.

Além disso, os eventos paralelos que aconteceram no Rio de Janeiro durante a realização da ECO 92 mostraram que a sociedade civil - isto é, os diversos representantes da sociedade como um todo, independentemente dos governos - estava determinada a contribuir com a solução dos problemas e se organizava para isso em entidades privadas que objetivavam cuidar de questões ecológicas e sociais: as ONGs - Organizações Não-Governamentais.

Finalmente, na ECO 92, foram assinados documentos que delineavam ou instituíam políticas internacionais sobre as questões ambientais e suas implicações econômicas e sociais. Entre eles, deve ser mencionada a Carta da Terra, uma proclamação de princípios, que equivale à Declaração Universal dos Direitos Humanos, no que se refere à sustentabilidade e à justiça social.

A Carta estabelece diversos valores a se observar e ideais a se perseguir, como o respeito ao planeta, a produção e o consumo sustentáveis, a responsabilidade e transparência nos processos administrativos, a paz e as soluções não-violentas para os conflitos, etc.

Agenda 21

Na Agenda 21, outros dos documentos elaborados na ocasião foram relacionadas 2.500 medidas que podem servir como base para que cada país elabore o seu plano de preservação do meio ambiente, tendo sempre como objetivo o desenvolvimento sustentável. Além da Carta e da Agenda, foram assinadas também as Convenções da Biodiversidade e das Mudanças Climáticas.

Esta última teve, talvez, as conseqüências mais práticas e efetivas, uma vez que lançou as bases do Protocolo de Kyoto (Japão), de 1997, tratado que estabeleceu metas concretas para a redução dos gases responsáveis pela produção do efeito estufa, em especial o gás carbônico (CO2). O Protocolo foi assinado por 55 países e seu objetivo inicial deve ser atingido entre 2008 e 2012. Entretanto, o tratado não foi assinado pelos Estados Unidos, país que se responsabiliza pela maior parte da emissão desses gases.

Uma nova Conferência Mundial do Meio Ambiente, a Rio + 10, ocorreu em Johannesburgo, na África do Sul, em 2002. Ela serviu para constatar os pequenos avanços no combate aos problemas ambientais e para evidenciar que ainda há muito por se fazer, num contexto cada vez mais crítico. O Dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia têm servido justamente para evidenciar essas questões e colocar os ideais de preservação ambiental à frente dos interesses econômicos.

http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/meio-ambiente-ecologia.jhtm